27/12/2010

Não, o "Papo breve" não é destinado diretamente a Carlos Drummond de Andrade (embora ele merecesse). Ao procurar imagens para personalizar o blog, lembrei da estátua feita em sua homenagem, pois acho que ela representa uma conversa (lenta ou rápida)dessas que podemos ter na praia, no bar, no cotidiano em geral. E por acaso encontrei uma imagem que representa a calma, e ao mesmo tempo a informação um pouco mais agressiva do dia a dia (homem lendo o jornal). Enfim. Este ano uma das (poucas) coisas que realmente tive tesão em estudar na graduação foi a Poesia social - e biografia- de Carlos Drummond.Já tinha afinidade e atração pela literatura do poeta itabirano, mas de fato conhecer um pouco mais sobre ele, me fez enraizar o gosto pelo que é brasileiro. Drummond compõe o retrato de família do Modernismo brasileiro, e após as conquistas da combatente geração de 1922 (liberdade métrica, sintática e vocabular - anti-academissista) o poeta cria asas na segunda geração preocupando-se com a poesia social. A favor do verso livre, com tom irônico, transpirando sua sensibilidade poética, ele sagaz e sabidamente, casa a simplicidade da língua, com os seus sentimentos densos e combativos. Para ele, era preciso vomitar a poesia em prol do sentimento do mundo. Ao remeter sobre a biografia rica de Drummond, vale lembrar da infalivél e indissociável ligação com as cidades em que morou, estas motivaram a reflexão e a ligação com suas questões sociais e pessoais. Basicamente a lógica é : para cada cidade habitada por ele, um Drummond diferente e descobridor de um mundo caduco, canhoto, que precisa viver o presente, sentindo como o vento que corta o rosto, a necessidade de que andemos de mãos dadas. O poeta também participa da terceira fase do Modernismo, talvez nessa fase tenha digerido mais a vida, e mostra-se nesta, um pouco mais maduro. Já eu, não me julgo apta pra digerir as inúmeras e atraente biografia e poesia drummondiana, e aqui cabe apenas mostrar algumas informações soltas sobre ele. Na verdade eu quero compartilhar meu fascínio, afinidade e atração por Carlitos. Abaixo seguem alguns links imperdíveis com entrevistas sobre ele, ah e vale a pena conferir as entrevistas relacionadas, são ótimas:

Um comentário:

Stênio disse...

Ótimo isso!!! A gente é brasileiro, adora o nosso país, mas não conhece Carlos Drummond de Andrade...
Vou perder uns minutos aqui...
Só queria dizer foi um prazer ter encontrado o seu blog... Eu também tenho um, se quiser me dar a honra de uma visita sua, seria muito legal, e que - embora faça tempo que não atualiza as coisas por aqui - estarei sempre dando uma passadinha para ver como andam suas reflexões, e se descubro mais alguma coisa interessante... Adoro o papo de quem faz letra!
Abraços!